segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

razão x emoção..

(Antes de escrever, cito que estou ansiosa. Tenho transtorno de ansiedade, e no meu caso é patológico. Talvez assim, eu mesma venho a compreender o que me levou a escrever sobre isso.)

O grande desafio que é a vida..

O que sou? Sou o que vejo, ou o que penso? Sou o que enxergam ou o que imaginam? Sou ações ou sentimentos? Sou razão ou emoção?

A razão me leva ao questionamento real, e não imaginário. Na razão, deixo de lado o que sinto, para questionar o que é certo ou errado. Não me guio pelo instinto, me guio pelas regras. A razão é absoluta. Ao decidir ser racional, esqueço as emoções, e dessa forma, me entrego ao mundo onde as reflexões são feitas, com o objetivo de desafiar os meus próprios sentimentos. Na razão tenho conhecimento de mim mesma e domino todas as minhas atitudes.

A emoção me impulsiona a ação. É um estado neurológico, onde me entrego a dramatização da vida. Não coloco na balança os acontecimentos, me entrego as definições extraídas do que sinto. Meu sistema afetivo interage com a emoção, determinando o que é o certo ou errado para o momento. Na emoção, não carrego parâmetros, e me entrego a um fantástico mundo de especulações, de incertezas e principalmente, de ter ciência que o resultado pode não ser o esperado, já que não meço meus passsos.

Sempre fui questionada, em deixar de ser emocional, e ser racional. Consegui trabalhar a racionalidade em mim, e o resultado tem sido satisfatório, já que visualizei, invés de vivenciar, o que é a emoção. A razão me levou a decisões coerentes e sem espaço para qualquer dúvida. A emoção sempre me fez voltar atrás, para questionar a dúvida. A razão me fez crescer, enquanto a emoção me estabilizava.

Ao criar um paralelo entre ambos, carrego um intenso medo de não conseguir ser racional no momento certo. A emoção me dominou, por não questionar intensamente as situações, perdi o equilíbrio de ambos. E por isso, quando consigo ser racional, vejo que estou dando uma festa dentro de mim. Uma festa por ter domínio dos meus sentimentos, e até mesmo do sentimento emoção, e o principal: o domínio da situação.

E com o jogo da vida, aprendo que nem toda emoção é boa de se sentir; e nem toda razão é forte demais para aguentar. Se eu encontrar o equilíbrio, já me dou por satisfeita.

"Ando tão à flor da pele,
Que qualquer beijo de novela me faz chorar
Ando tão à flor da pele,
Que teu olhar "flor na janela" me faz morrer
Ando tão à flor da pele,
Que meu desejo se confunde com a vontade de não ser
Ando tão à flor da pele,
Que a minha pele tem o fogo do juízo final"


P.S: 'Devemos entender ansiedade como fenômeno animal que ora nos beneficia ora nos prejudica, dependendo da circustânica ou intensidade, podendo tornar-se patológica, isto é; prejudicial ao nosso funcionamento psíquico (mental) e somático (corporal), aí passamos a considerá-la como um transtorno.'

Um comentário:

Leandro Parejo, Aka Heigberg disse...

"Não me guio pelo instinto, me guio pelas regras". Isso é muito a cara de quem faz direito rs. O instinto é uma faca de dois gumes, às vezes ele pode te levar para seu lado emocional, ora para o racional e isso pode ser construtivo, dependendo da clareza que você tem da situação e do seu sentimento e (ou) anseio. Lembrando que a justiça representa um sentimento. O homem é um animal (instinto+emoção) + um cérebro desenvolvido (razão). Bjãooo Carole Gostei