segunda-feira, 21 de setembro de 2009

bienal..


Bienal do Livro é um ritual. Impossível deixar de ir, sabendo que está acontecendo. É como deixar de ir ao médico, já que a leitura é um remédio pra mim. Pisar naquele santuário, seja no Rio ou em São Paulo, é como renovar energias, sentir o cheiro de palavras, e se alimentar de grandes autores com suas lindas e significativas obras.

A cada passo, nos surpreendemos com algo diferente, é um estande que nos faz ficar parada horas, ou alguma grata surpresa aos nossos olhos, como dar de cara com um homem que durante a sua vida teve tanto significado. Ou mesmo, quando sento no chão para admirar a passagem constante de pessoas com sacolas cheias de conhecimento, de vida. Dentro dessa paixão, gosto de ficar admirando o desconhecido. Sempre carrego comigo algo diferente, que jamais tinha visto, mas que de alguma forma me tocou.

Lógico que Dona Canô não é desconhecida, muito menos um dos brilhantes livros que fizeram sobre Ela. Só que, o Estande do Ministério da Cultura da Bahia, me encantava em todos os sentidos. Ver reunido todos os autores bahianos foi muito bom. Era ver como rico nosso país é, mas poucos valorizam. Fiquei com a sensação que todos os Estados deveriam fazer o mesmo. E proporcionar aos que pisam na Bienal, a sensação de saber como em todo lugar, temos a palavra como sentido. Falei de Dona Canô, pois acabei comprando o livro, e saindo satisfeita depois de uma breve conversa com o Secretário da Cultura da Bahia. Foi uma feliz surpresa, e eu diria, que um dos melhores estandes da Bienal.

Dentre tantas e gratas alegrias, eu carrego uma comigo que desfruto de vez enquando. Já tem alguns anos que eu encontro o Ziraldo na Bienal. E pra mim, é sempre emocionante. Dar de cara pelo responsável por tantos momentos da minha infância, é gratificante. Vê-lo diante tantas crianças, é a certeza que Ele atribui muito sentido a nossa cultura, ao nosso mundo, e aos livros. Eu sempre me emociono, e não foi diferente. Olhar o Ziraldo, é relembrar momentos de uma infância feliz. Acho que com Ele, meu gosto pelos livros começou. E até hoje, Ele consegue tirar de mim o sorriso emocionado. A presença dele é iluminada. Faz a diferença em toda bienal.

Enfim, sai realizada. Ganhei um livro lindo do Ziraldo: "Histórias de Carolina", comprei o da Dona Canô. E mais alguns outros, que encontrei num saldo absurdamente instigante (fiquei doida). E agora, é a hora de devorá-los, desfrutá-los, permitir a cultura invadir.. seja como for!

3 comentários:

Flávia Azevedo disse...

Saudades...
Sei que posso encontrar-me.
Talvez me encontre...
Sinto saudades de mim...
Fecho a mão para tentar reter
o que ainda resta da alegria.
Antes que toda ela me escorra
Entre dedos que sangram,
e sobrevivem,
numa luta constante
de alcançarem a mim.

A Bienal é o templo da sabedoria, conhecimento de orgasmo pessoal.


Saudades amodoro vc Cacolzinha!

Carol Folhasi disse...

eu qmim um layout tao lindo quanto o seu!!
rs
morri de inveja e saudades!

Carol Folhasi disse...

quero um layout lindo como o seuuu!!

rs