sexta-feira, 24 de julho de 2009

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Tem pessoas que não conseguem se separar do grande erro de querer moldar os outros, e achar que a sociedade deve sempre reagir conforme o seu pensamento. Dessa forma, sempre acha errado a forma de sentir, de viver, de achar que o outro tem. Todos nós temos sentidos, sentimentos e desejos, mas antes de tudo isso, somos todos diferentes. E essa diferença, é que faz reações e necessidades serem contrárias uma da outra.

Eu tenho pena dessas pessoas (mesmo sendo um sentimento tão ruim). A pessoa que nunca consegue ver o outro, sem querer moldá-lo ao seu conceito, seu pensamento e suas vontades, com toda certeza, é infeliz. Poderia enumerar situações e exemplificar como isso acontece, mas prefiro deixar que cada um visualize isso em algum momento da vida.

As diferenças é o que me fascina! Assumidamente sou apaixonada pelo que seja diferente, e que sempre esteja em mutação. Não gosto da mesmice, tenho horror! A rotina é cansativa, é chata, é irritante. Mas e ai, o que fazer, se a rotina não pode ser deixada de lado? Ai entra as diferentes pessoas, com suas diferentes ações. Gosto do dia bonito, com cenas românticas, da mesma forma que gosto de ficar sozinha. Gosto de passear, da mesma forma que gosto de dormir. Gosto de mudanças inesperadas, da mesma forma que gosto do dia seguinte sem pensar no que vai acontecer. Tenho meus dois opostos aguçados. E isso é o que faz a vida ser maravilhosa!

Sempre que permiti que a rotina me dominasse, como normal fosse, me vi presa a uma vida que não desejava. Não por ser louca, ou por querer mudanças, mas por AMAR a minha liberdade. Liberdade é poder ir e vir sem contratempos. É poder ter a vontade de não fazer o que estavamos no dia anterior determinados a fazer. Liberdade é aceitar as mudanças, aceitar o outro, aceitar o mundo com suas diferenças. Liberdade sempre será a base da minha felicidade, não consigo me prender ao que quer me moldurar. Não pertenço a nada e nem ninguém. Pertenço ao meu mundo, e no meu mundo, quem manda sou eu.

Meu caminho é feito por mim mesma. Meu caminho não cabe espaço para conceitos ultrapassados. Meu caminho é feito de muitos desejos, tão meus, que não cabe a qualquer pessoa, querer modificar, querer intervir, querer vivenciar. Sou uma só, e essa Carol, deseja muito, tudo, cada vez mais. E por isso, carrega a responsabilidade de todos seus atos sozinhas. E continua desejando dia após dia, sem se preocupar com qualquer julgamento errôneo de pessoas que certamente não sabem viver! Só brincam com a vida..

Eu VIVO! E por isso, caio, levanto, choro, dou gargalhadas, falo sozinha, grito, peço colo e me perco com tantos sentimentos maravilhosos!

"Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome."

3 comentários:

Flávia Azevedo disse...

Amiga finalizou com a frase de Clarice Lispector que mais amo.

"Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome."

Veluma Nunes disse...

Nossa. Amei o post!
Você escreve muito bem heim ,
E ainda terminar com uma frase da Clarisse , MEU DEUS! rs,
Beijos !

Gabi Simas disse...

Depois de ler esses texto, qualquer palavra que eu diga é pequena. Per-fei-to! Disse tudo, maravilhosamente bem! Amei esse texto.

A liberdade dentro de alguma rotina, exalta algumas diferenças. E por falar nessas três coisas.. acho que as três, de certa forma, precisam muito estar presentes na nossa vida pra ela ser levada adiante de forma gostosa. Um pouco de rotina pra nos cansar, um pouco de liberdade pra nos fazer sonhar e um pouco de diferença pra variar. ;)

Beijo grande! :*